sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Texto A Cauda Longa, de Chris Anderson.


Fichamento dos Capítulos I e V.


O texto inicia fazendo a apresentação de um fenômeno de venda promovido e identificação de comportamento de consumo que perpassam diretamente pela internet. Onde a opinião do comprador, a leitura e o modo de como a oferta dos produtos foi realizada foram de fundamental importância para o sucesso de vendas do produto. No caso, ele cita o exemplo de livros semelhantes lançados em épocas diferentes. Além disso, o aparecimento de outro espaço de comercialização, no caso a livraria online, que permite uma série de informações em tempo real, além da facilidade e comodidade do comprador em ter acesso a diversos ambientes e conteúdos de outros usuários que já adquiriram e avaliaram o produto para decidir sobre sua compra.
Trata-se de um novo modelo econômico que vem mostrando sua força à medida que revela também os hábitos de compra e preferências desse novo público consumidor. Esse mercado do entretenimento digital vem nos apresentar uma nova perspectiva de público-alvo que, se antes era pensada e tratada como mercado de massa, limitando a gama de ofertas, hoje passa a mostrar suas peculiaridades e a direcionar o espaço virtual de compra-venda para os nichos.
A dificuldade maior é encontrar públicos locais que tenham interesse no que será vendido, além de a loja física limitar o acesso do público ao produto, assim como a venda do mesmo que fica restrita a uma região. Em termos de lucro para os proprietários, é mínimo, pois, estes terão a preocupação apenas em pagar os custos para manter a mercadoria nas prateleiras. No entanto, poucos produtos conseguem superar a barreira local. Sendo assim, ocorreu um “fechamento” no foco do marketing onde os melhores produtos eram oferecidos porque, de alguma forma, não havia possiblidade de oferecer tudo a todos pela falta de estrutura do mercado e de produção. Então, passou-se a observar que a grande maioria do que era oferecido fazia sucesso em todos os aspectos porque de fato tinha qualidade. Porém, com o crescimento das vendas on line, esta realidade passou a se reverter, atendendo às demandas do novo consumidor cada vez mais peculiar.
No século passado, o olhar sobre este mercado era voltado a observar e propagar o que mais caía no gosto do público, esquecendo aquilo que era menos visto. Atualmente esta visão vem sendo modificada, pois, passou-se a observar o poder de venda daquilo que individualmente não tinha muito destaque, mas que em um grupo mostra um importante e explorável poder de mercado. Trazendo isso para as vendas on line, o leque de produtos oferecidos acaba se tornando praticamente infinito, onde os consumidores têm a liberdade de buscar novas e antigas ofertas e onde (quase) sempre haverá alguém comprando e buscando algo relacionado à sua preferência, caracterizando-se assim o efeito da Cauda Longa. Obviamente, a Cauda Longa também tem seu lixo, mas este é simplesmente ignorado pelo mercado.
A maioria das empresas de sucesso neste ramo explora o fenômeno da Cauda Longa em diversos aspectos, com a possibilidade de ampliar seu mercado e conhecer novos negócios, principalmente no que diz respeito à lacuna de mercado aonde as lojas físicas não chegam. Além disso, a redução de custo no que diz respeito à logística e estrutura que seria necessária numa loja tradicional compensa muito mais para a empresa.
Essa nova leitura, onde havia um cenário de escolhas limitadas e hoje aponta para a abundância de ofertas, também traz a oportunidade de redução de custos entre oferta e demanda que será influência não só nos números finais, mas também na essência do mercado. O amplo acesso aos nichos revela o desejo por aquilo que não é comercial e traz muitas transformações em termos de quantidade, mas que revelam também uma preocupação com a qualidade do que é oferecido e de como isso é feito.
A Revolução Industrial fez com que o produtor tivesse o monopólio dos modos de produção e definisse a relação de consumo entre produtor e consumidor. Porém, a democratização das ferramentas de elaboração passou a dar espaço a geração chamada de Pro-Am. Esta que desenvolve um trabalho parecido com o de um profissional, sem o mesmo reconhecimento, mas que vem mostrando sua importância, pois, é reconhecidamente fruto de um momento onde a tecnologia chegou de maneira barata e ao alcance de grande parte da população. Esse compartilhamento de informações fez com que a relação profissional x amador se tornasse estreita, pois, o consumidor além de apreciar o produto passou a ter interesse sobre como ele era feito e, consequentemente, a produzi-lo.

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