domingo, 7 de dezembro de 2014

Raquel Recuero – Redes Sociais

Matemáticos e físicos foram os primeiros a dar maior contribuição para os estudos de redes complexas que teve início no século XX. A sociologia terminou por absorver muitos desses dados para análise estrutural das redes sociais. A autora busca mostrar no texto uma comparação entre os estudos dessas redes, aliando sua aplicabilidade às redes sociais na internet. “as implicaçãos de suas aplicações na comunicação mediada por computador, bem como um possível diálogo entre a perspectiva sociológica e a perspectiva matemática utilizada” por diversos autores utilizando exemplos como Orkut, weblogs e fotologs, mostrando pontos positivos e negativos.
Euler, que criou o teorema da teoria dos grafos, foi o responsável pelo início da teoria das redes. A denominação de grafo “é uma representação de um conjunto de nós conectados por arestas que, em conjunto, formam uma rede.” Diante dessa nova perspectiva, diversos teóricos dedicaram-se a descobrir “quais eram as propriedades dos vários tipos de grafos, e como se davam o processo da sua construção, ou seja, como seus nós se agrupavam.” A perspectiva de analogia das coisas como redes seria fundamental para o entendimento das relações sociais. Essa ótica seria aplicada também como base da Análise Estrutural, onde “essa visão possui uma característica instrinscicamente interdisciplinar, muitos passos importantes na descoberta de propriedades e leis dos fenômenos foram dados em outras ciências como biologia e física”.
Essa análise é dividida em dois pontos. O primeiro, foca as redes inteiras (whole networks), onde observa “a relação estrutural  da rede com o grupo social. As redes, de acordo com esta visão, são assinaturas de identidade social – o padrão de relações entre os indivíduos está mapeando as preferências e características dos próprios envolvidos na rede.” Já o segundo aspecto, onde são trabalhadas as redes personalizadas (ego-centered networks),  baseia-se em que o “papel social de um indivíduo poderia ser compreendido não apenas através dos grupos (redes) a que ele pertence, mas igualmente, através das posições que ele tem dentro dessas redes.”
O teórico Garton diz que o estudo “de redes sociais foca principalmente nos padrões de relações entre as pessoas”. E, nesse mesmo caminho, revela-se “uma mudança do individualismo comum nas ciências sociais em busca de uma análise estrutural.” Na busca de uma visão analítica mais ampla, o estudo busca pluralizar suas referências de observação, como: “relações (caracterizados por conteúdo, direção e força), laços sociais (que conectam pares de atores através de uma ou mais relações), multiplexidade (quanto mais relações um laço social possui, maior a sua multiplexidade) e composição do laço social (derivada dos atributos individuais dos atores envolvidos)”.

No entanto, a princípio, os sociólogos acreditavam que a menor unidade de relação dava-se entre dois indivíduos de forma aleatória, chamado de díade. Depois veio a tríade, com duas pessoas que não se conhecem, mas com um amigo em comum, existindo a possibilidade de que se conheçam. “Partindo dessa perspectiva, a análise estrutural das redes sociais procura focar na interação como primado fundamental do estabelecimento das relações sociais entre os agentes humanos, que originarão as redes sociais, tanto no mundo concreto, quanto no mundo virtual.”

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