Matemáticos e físicos foram os
primeiros a dar maior contribuição para os estudos de redes complexas que teve
início no século XX. A sociologia terminou por absorver muitos desses dados
para análise estrutural das redes sociais. A autora busca mostrar no texto uma
comparação entre os estudos dessas redes, aliando sua aplicabilidade às redes
sociais na internet. “as implicaçãos de suas aplicações na comunicação mediada
por computador, bem como um possível diálogo entre a perspectiva sociológica e
a perspectiva matemática utilizada” por diversos autores utilizando exemplos
como Orkut, weblogs e fotologs, mostrando pontos positivos e negativos.
Euler, que criou o teorema da
teoria dos grafos, foi o responsável pelo início da teoria das redes. A denominação
de grafo “é uma representação de um conjunto de nós conectados por arestas que,
em conjunto, formam uma rede.” Diante dessa nova perspectiva, diversos teóricos
dedicaram-se a descobrir “quais eram as propriedades dos vários tipos de grafos,
e como se davam o processo da sua construção, ou seja, como seus nós se
agrupavam.” A perspectiva de analogia das coisas como redes seria fundamental
para o entendimento das relações sociais. Essa ótica seria aplicada também como
base da Análise Estrutural, onde “essa visão possui uma característica instrinscicamente
interdisciplinar, muitos passos importantes na descoberta de propriedades e
leis dos fenômenos foram dados em outras ciências como biologia e física”.
Essa análise é dividida em dois
pontos. O primeiro, foca as redes inteiras (whole networks), onde observa “a
relação estrutural da rede com o grupo
social. As redes, de acordo com esta visão, são assinaturas de identidade
social – o padrão de relações entre os indivíduos está mapeando as preferências
e características dos próprios envolvidos na rede.” Já o segundo aspecto, onde
são trabalhadas as redes personalizadas (ego-centered networks), baseia-se em que o “papel social de um
indivíduo poderia ser compreendido não apenas através dos grupos (redes) a que
ele pertence, mas igualmente, através das posições que ele tem dentro dessas
redes.”
O teórico Garton diz que o estudo
“de redes sociais foca principalmente nos padrões de relações entre as pessoas”.
E, nesse mesmo caminho, revela-se “uma mudança do individualismo comum nas ciências
sociais em busca de uma análise estrutural.” Na busca de uma visão analítica
mais ampla, o estudo busca pluralizar suas referências de observação, como: “relações
(caracterizados por conteúdo, direção e força), laços sociais (que conectam
pares de atores através de uma ou mais relações), multiplexidade (quanto mais relações
um laço social possui, maior a sua multiplexidade) e composição do laço social
(derivada dos atributos individuais dos atores envolvidos)”.
No entanto, a princípio, os sociólogos acreditavam que a
menor unidade de relação dava-se entre dois indivíduos de forma aleatória,
chamado de díade. Depois veio a tríade, com duas pessoas que não se conhecem,
mas com um amigo em comum, existindo a possibilidade de que se conheçam. “Partindo
dessa perspectiva, a análise estrutural das redes sociais procura focar na interação
como primado fundamental do estabelecimento das relações sociais entre os
agentes humanos, que originarão as redes sociais, tanto no mundo concreto,
quanto no mundo virtual.”
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