O autor começa explanando sobre a história da GoldenCorp e explica que seu maior legado tenha sido “a legitimação de uma abordagem engenhosa com relação à exploração, em uma indústria que continua a ser conservadora e altamente fechada.” A descoberta de uma nova fonte de ouro fez com que McEwen percebesse que, embora seus empregados estivessem qualificados para a busca de novos jazidas, mas “estavam provavelmente fora dos limites da sua organização e, ao compartilhar propriedade intelectual, pôde explorar o poder da genialidade e da competência coletivas.” Isso foi uma grande inovação no mundo dos negócios, onde um futuro inovador promissor se apresentava, mudando também a maneira de como as riquezas seriam acumuladas. Eis, então, o Wikinomics, onde o colaborativo em massa transformará todas as instituições das sociedades.
As diversas mudanças econômicas,
demográficas, tecnológicas e de negócios no mundo, permitiram com que as
pessoas participassem mais diretamente da economia. “Essa nova participação
atingiu um ápice no qual novas forma de colaboração em massa estão mudando a
maneira como bens e serviços são inventados, produzidos, comercializados e distribuídos
globalmente.” Guerras e protestos eram o modo em que mais se aproximava a
participação em massa antigamente, e em pequena escala a participação também se
dava por pessoas próximas, em ocasiões raras. “O acesso crescente à tecnologia
da informação coloca na ponta dos dedos de todos as ferramentas necessárias
para colaborar, criar valor e competir.” Isso permite que as pessoas participem
da criação e da inovação de diversos setores da economia.
O baixo custo das “armas de
colaboração em massa”, como telefonia gratuita pela internet, códigos de
software livre, etc, permitiram que vários indivíduos e pequenos produtores
sejam capazes de criar coletivamente produtos, tenham acesso ao mercado e, principalmente,
ao possível cliente. Antigamente, isso só era possível para as grandes empresas.
Essa nova dinâmica está “fazendo surgir novas capacidades colaborativas e
modelos de negócios que darão poder às empresas bem preparadas e destruirão
aquelas que não forem capazes de se adaptar.” Agora, os produtores e
gerenciadores do conhecimento, que exerciam isso com “profissionalismo”,
passaram a dividir seu espaço com milhões de amadores que compartilham e
produzem notícias, conhecimento, habilidades tecnológicas o tempo inteiro.
Essas mudanças abrem “caminho em
direção a um mundo no qual conhecimento, poder e capacidade produtiva estarão
mais dispersos do que em qualquer outro período da nossa história – um mundo no
qual a criação de valor será rápida, fluida e persistentemente perturbadora. Um
mundo no qual apenas os conectados sobreviverão.” Ou seja, ao invés de você
simplesmente acessar algum conteúdo on line, você poderá produzi-lo e
influenciar diretamente sobre seu andamento nas mídias, sendo mais um
colaborador na rede.
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